Ranking | Wolfenstein: Do PIOR ao MELHOR!

Poucas séries carregam tanta história quanto Wolfenstein. Desde os primórdios do stealth em 1981 até a reinvenção moderna, a franquia passou por diferentes estilos, motores gráficos e até propostas de narrativa. É curioso revisitar tudo e perceber como ela foi de experimentos rudimentares até jogos grandiosos e cinematográficos. Este ranking é minha forma de organizar a jornada, destacando pontos altos, tropeços e o que cada título representou dentro do seu tempo.

É claro, tudo baseado na minha opinião.

🔹 Obs.: Versões para portáteis e mobile não serão consideradas.

11. Wolfenstein: Youngblood (2019)

Desenvolvedora: MachineGames, Bethesda Softworks

A aposta em cooperação e progressão de RPG em Youngblood se provou como mais uma maneira frágil e rídicula de ir na onda dos RPGs da época. Resulta em uma experiência diluída, com inimigos esponja de bala e sistemas de níveis artificiais. A narrativa é rasa, marcada por protagonistas muito ruins e diálogos que tenebrosos. A repetição de missões em mapas limitados reforça a sensação de cansaço precoce.

10: Castle Wolfenstein (1983)

Desenvolvedora: Muse Software

A estreia da franquia. É inegável que tem seu valor histórico, mas quando a gente senta pra jogar hoje, a experiência não segura. Os controles são muito duros, a movimentação parece sempre engasgada e a repetição acaba drenando a paciência rápido demais. Dá pra ver claramente como ele ajudou a pavimentar o caminho do gênero stealth, e isso é interessante do ponto de vista histórico. Só que, falando como jogador, achei mais uma curiosidade para entender de onde a série veio do que algo realmente divertido de revisitar. O peso histórico existe, mas o prazer de jogar praticamente não.

9.  Beyond Castle Wolfenstein (1984)

Desenvolvedora: Muse Software

A sequência tenta dar continuidade, mas acaba esbarrando nos mesmos problemas do original. Tem algumas ideias novas, mas não evolui quase nada. A jogabilidade continua dura, truncada, e fica difícil ignorar o quanto ela se arrasta. Eu até consigo valorizar a tentativa de expandir o universo, mas a execução não empolga. No fim das contas, joguei mais por curiosidade do que por diversão real. É um título que vale pelo registro histórico, mas não conquista por mérito próprio.

8: Spear of Destiny (1992)

Desenvolvedora: id Software, Zodttd

Sendo uma expansão standalone de Wolfenstein 3D, repete quase tudo do original sem grandes novidades. Não tem muito o que falar, é mais do mesmo. É competente, mas longe de memorável.

7. Wolfenstein: The Old Blood (2015)

Desenvolvedora: MachineGames, Bethesda Softworks

Mais uma expansão standalone, e prequel de The New Order, reaproveita tudo da base de jogabilidade, estilo e gráficos do título principal, mas sem a mesma força criativa. A história até apresenta alguns momentos interessantes, principalmente na ambientação mais clássica e na introdução de elementos sobrenaturais, mas nada que sustente o jogo por completo. O ritmo acaba sendo arrastado, e o resultado é uma experiência competente, mas que cansa rapidamente e fica aquém do que poderia ter sido.

6. Wolfenstein 3D (1992)

Desenvolvedora: id Software, Interplay Entertainment

O jogo que realmente colocou a série no mapa e ajudou a definir o que seria o FPS. É simples e repetitivo, mas existe um certo charme, o charme do início dos jogos em primeira pessoa. Tem uma brutalidade quase cartunesca que, mesmo datada, ainda diverte. Não dá pra negar que DOOM aprimorou muito do que vemos aqui, mas a importância histórica e a diversão ainda seguram bem.

5. Wolfenstein: Enemy Territory (2003)

Desenvolvedora: Splash Damage, Activision

Um spin-off gratuito, que se tornou um ponto interessante na franquia. É um jogo multiplayer que veio pra surfar no hype do que estava fazendo sucesso na época com os mods de Half-Life (principalmente Counter Strike). Esse realmente não tem muito o que falar sobre ele, é extremamente divertido, principalmente com amigos.

4. Return to Castle Wolfenstein (2001)

Desenvolvedora: Gray Matter Studios, Activision

Tem um dos melhores level designs da franquia, com fases variadas que equilibram muito bem o clima da Segunda Guerra e os elementos sobrenaturais. O ritmo da campanha é instigante, mas alguns trechos não envelheceram tão bem, especialmente na forma como o jogo conduz a progressão e distribui dificuldade. Ainda assim, continua sendo um jogo memorável, que marcou época e que mostra até hoje como a série sabe misturar história alternativa com fantasia de um jeito único.

3. Wolfenstein (2009)

Desenvolvedora: Raven Software, Activision

Impressionante como quase ninguém lembra desse. É de longe o mais subestimados da franquia. A ação é frenética, e aliado a história, é uma verdadeira loucura, abraçando de vez os elementos sobrenaturais e conspiratórios que sempre rondaram a série. O jogo arrisca, exagera, e justamente por isso consegue ser único. Não é perfeito, mas é disparado um dos que mais me divertiram pela intensidade. Infelizmente por questões contratuais, ficou esquecido no tempo. Mas agora que a Microsoft possui todas as detentoras dos direitos desse jogo, talvez role um Remastered.

2. Wolfenstein: The New Order (2013)

Desenvolvedora: MachineGames, Bethesda Softworks

Revitaliza a franquia com uma história densa e envolvente, explorando personagens e dilemas com muito mais profundidade do que se esperava. A gameplay é variada, dinâmica e cheia de possibilidades, mantendo o jogador preso até o fim. É o título que consolidou a nova fase da série e ainda hoje se sustenta como um dos pontos mais fortes.

1. Wolfenstein II: The New Colossus (2017)

Desenvolvedora: MachineGames, Bethesda Softworks

Dá sequência de forma criativa, ampliando a narrativa e explorando com coragem temas de resistência, trauma e esperança. O jogo consegue equilibrar humor e tragédia sem perder a seriedade, entregando momentos memoráveis que reforçam a força do elenco de personagens. A jogabilidade permanece muito próxima ao primeiro título, mas isso não chega a ser um problema, já que a base continua sólida, brutal e satisfatória. O que realmente diferencia The New Colossus é a ousadia narrativa, com reviravoltas e cenas intensas. Apesar do desfecho soar apressado e incapaz de corresponder à grandiosidade da jornada, não desfaz o resto.


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